Quinta-feira, 24 de Julho de 2008
"Chegar num tapete voador"
Adoro chocolate, preto e amargo, talvez por isso ache ainda mais piada a um filme com esse nome, já com alguns anos.
Para além dos papeis consagrados e excelentes desempanhos dos protagonistas, o choque de culturas, entre quem chega de viagem e o imobilismo de quem sempre viveu da mesma maneira, reflecte perfeitamente, porque tanta inveja há, de quem ousa ser diferente e desafia o que sempre foi regra. Engraçado, o aproveitar da vontade de quem, gosta mas não assume e por isso tem que destruir. O papel do aventureiro que chega e conquista, associado á nobre arte de saltimbanco, viajante num barco, que serve de cabana flutante onde a paixão acontece, substitui neste argumento o já gasto cavaleiro junto a torre onde mora a princesa. Neste casol, o papel é de uma moura encantada, que se move consuante o vento do deserto e que domina a arte ancestral de trabalhar o chocolate.
Mais encantado fico, ao ver também, o tratamento que é dado à forma como as relações podem ser violentas entre casais. A oportunidade que surge, ao desbravar novos horizontes, a ajuda que é dada, quando toda a sustentabilidade de um projecto é abandonado pelo mentor do mesmo. Melhor dizendo, ao colocar sementes, ou germinam e dão frutos ou foi um trabalho inglório por não ter continuidade.
Essa é a magia, dos legados culturais que se podem deixar a quem gosta de sonhar e desafiar o impossivel, sobre um aventureiro que teima em não chegar, desta vez, num tapete voador, bebendo chá de menta e pinhões, fumando chixa em cachimbo de água, reencostado em almofadas de penas, bordadas com arabescos, refrescado pelo leque manejado por um núbio, sempre na presença da lamparina e do génio, que mesmo quando não queremos nos concede os desejos.
Encantar e ser encantado são imaginários de uma mesma realidade, que se chama amor.
Já o chocolate preto e amargo é mesmo paixão e desejo.
De chocolate preto a 28 de Abril de 2009 às 10:48
E se alguém te dissesse que adora o chocolate branco, por um simples razão: É mais doce no mundo... O que tu dirias?!
Sendo a base de todo o chocolate, o cacau, o sabor é fruto do gosto apurado dos criadores de boas sensações gustativas.
Por isso, continuo a preferir o chocolate, preto e amargo, 100% cacau ;-))
Manuel da Fonseca
Comentar: